quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O que é currículo?


O que é currículo?

"O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações" (
Sacristán, 2000:46)

"O currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes (...) o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações..." (Silva, 2001:78)
Nem tudo que trabalhamos encontra-se propriamente no currículo escolar, porem não podemos deixar de discutir o desafio de ensinar a todos, como trabalhar as diferenças nas formas de aprender e na cultura.
Devemos inserir a cultura local, o problema cotidiano de nossos alunos, sem ter quer ficarmos presos a uma lista de conteúdos programáticos.

SACRISTÁN, J. Gimeno e Gómez, A. I. Perez. O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática? Compreeender e Transformar o Ensino. Porto Alegre, Armed, 2000:119-148.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Quem escondeu o currículo oculto. In Documento de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte, Autêntica, 1999: 77-152.

Plano de Aula


Escola Ensino Fundamental Fábio Silva
Disciplina: Educação Física
Professora: Carolina de Souza

Escola e Inclusão: Vivenciando Novas Práticas


JUSTIFICATIVA:

É de conhecimento público que no panorama político educacional nos deparamos com a problemática da “inclusão” de indivíduos com deficiência na sociedade.
No âmbito escolar tal problemática, muitas vezes, é abordada a partir da presença de um aluno com necessidades especiais, sem uma reflexão prévia sobre possíveis ações pedagógicas viáveis ao respeito público.
Entretanto, professores de Educação Física acreditam ser pertinente promover vivências corporais para todos sem quaisquer distinções, a fim de favorecer o enfoque da educação integradora, capacitando realmente as escolas para atender todas as crianças.
Ainda é de responsabilidade dos professores de Educação Física que a inclusão dos portadores de deficiência aconteça nas escolas de forma “natural”. Por meio de práticas corporais adaptadas, os alunos podem perceber as dificuldades/limitações desse público sem discrimina-los, além de conhecer regras e fundamentos de esportes já praticados pelos mesmos, podendo reproduzir as práticas e/ou produzir novas possibilidades de ação no brincar.
Neste sentido, a Educação Física, enquanto área de conhecimento também se responsabiliza pela inclusão dos portadores de necessidades especiais nas escolas e na sociedade em geral, mesmo que indiretamente, por meio de vivências adaptadas, práticas de um corpo ativo e mobilizador do seu espaço. Salvo as especificidades da área da Educação Física, compromete-se em viabilizar a compreensão sobre as diferenças individuais e a cultura corporal no/do movimento.

OBJETIVOS:

  • Compreender os desafios das aulas de Educação Física para deficientes físicos e sensoriais no ambiente escolar;
  • Problematizar as situações de locomoção provenientes do ser deficiente físico e/ou sensorial;
  • Vivenciar práticas corporais adaptadas para deficientes físicos e/ou sensoriais que viabilizem o aprimoramento de habilidades específicas, tais como, percepção sensorial auditiva, espaço temporal, lateralidade;
  • Vivenciar esportes paraolímpicos: goalbol, basquete para cadeirante e vôlei sentado;
  • Promover a integração entre os alunos e portadores das deficiências físicas e/ou sensoriais.


CONTEÚDOS:

Unidade I (06 aulas) – Corpo, Movimento e Deficiência Visual

A priori realizar exposição de aspectos da deficiência visual apresentando suas características, no contexto social, bem como sensibilizar para os problemas que norteiam a orientação e mobilidade no espaço escolar.
Após a apresentação inicial sobre deficiência visual aplicaremos jogos e brincadeiras com intuito de por meio dessas atividades lúdicas, trabalhar habilidades como: percepção sensorial auditiva, espaço temporal e lateralidade, que culminam na compreensão e execução de regras e fundamentos dos esportes paraolímpicos para deficientes visuais.

Unidade II (06 aulas) – Corpo, Movimento e Deficiência Física

Inicialmente expor aspectos da deficiência física apresentando as respectivas características no contexto social, enfatizando limitações próprias desse público e do espaço físico/estrutural da escola.
Por conseguinte, ensinar aos alunos jogos específicos da deficiência física (cadeirantes), como o basquete e o vôlei sentado. Nesse momento, os alunos poderão reproduzir e repensar sobre possibilidades de regras das vivências propostas.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

As unidades iniciarão com a exposição das temáticas propostas, concretizada em apenas uma aula para cada deficiência.
Ocupando os espaços externos (quadra e espaços alternativos) aplicaremos jogos e brincadeiras. Consecutivamente os alunos vivenciarão os esportes paraolímpicos para deficiência visual e deficiência física.

RECURSOS DIDÁTICOS:

  • Bolas de vôlei, basquete, com guisos;
  • Cones, colchonetes, rede de vôlei, vendas;
  • Cadeiras de rodas, TNT, data show, dvd.

AVALIAÇÃO:

Ao término de cada unidade os alunos deverão elaborar uma redação sob a orientação do professor acerca dos conhecimentos apreendidos nas aulas de Educação Física.
Analisar se os alunos conseguiram atingir os objetivos propostos por meio de relatórios desenvolvidos pelos professores , sobre as aulas desenvolvidas.